“A sociedade informacional, vislumbrada por Castells, tornou-se mais flexível, remixada e cheia de camadas”

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Em pleno século XXI, as telas permeiam o dia a dia de muita gente. Difícil encontrar, nas grandes metrópoles, quem nunca tenha ouvido falar de computadores, ou tablets ou outros objetos tecnológicos. As novas realidades experimentadas diariamente são abordadas em um misto de ficção e análise no livro de Pollyana Ferrari e Fábio Fernandes, editado pela editora Estação das Letras e CoresO livro é um thriller científico, com personagens ficcionais que vivenciam experiências reais do nosso dia a dia conectado onde suas interrelações mediadas por telas acabam se tornando uma espécie de rizoma deleuziano, mas sem o peso didático. São cenas baseadas em fatos reais ou mesmo ficcionais, em coisas que aconteceram com nós mesmos ou amigos, amigos de amigos, pedaços de diálogos entreouvidos na rua, enfim, o mundo multifacetado como ele é hoje.

“Propomos mapear nossa relação diária com as telas, sejam de celulares, laptops, tablets e outros dispositivos. E como o uso de aplicativos como Twitter, WhatsApp, Facebook, Instagram e milhares de APPs  vem mudando a forma das pessoas se comunicarem e por consequência a Comunicação”, diz Pollyana Ferrari.

A sociedade informacional, vislumbrada por Castells, tornou-se mais flexível, remixada e cheia de camadas do que pensávamos no final do século XX. “É uma mistura do tempo líquido proposto por Bauman com as experimentações técnicas de Manovich e sócio-antropológicas de Latour. Transitar torna-se, na nossa opinião, a melhor bússola desta primeira metade do século XXI”, explica Fabio Fernandes.

Tudo virou de cabeça pra baixo e a Comunicação é um agente fundamental para construção de memória e sentido nesse novo contexto social. “Como comunicadores, devemos nos concentrar em propor melhorias para promover o uso da não-linearidade, cuja cognição ocorrerá conforme a bagagem cultural e sígnica de cada leitor”, ensinam Pollyana e Fabio. 

 

No tempo das telas: lançamento 26/3 em SP e 11/4 no Rio

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O livro “No tempo das telas: reconfigurando a comunicação” é um thriller científico, com oito personagens ficcionais que vivenciam experiências reais do nosso dia a dia conectado onde suas interrelações mediadas por telas acabam se tornando uma espécie de rizoma deleuziano, mas sem o peso didático. São cenas baseadas em fatos reais ou mesmo ficcionais, em coisas que aconteceram em parte com nós mesmos ou amigos, amigos de amigos, pedaços de diálogos entreouvidos na rua, enfim, o mundo multifacetado como ele é hoje.

Propomos mapear nossa relação diária com as telas, sejam de celulares, laptops, tablets e outros dispositivos. E como o uso de aplicativos como Twitter, WhatsApp, Facebook, Instagram e milhares de APPs  vem mudando a forma das pessoas se comunicarem e por consequência a Comunicação. A sociedade informacional, vislumbrada por Castells, tornou-se mais flexível, remixada e cheia de camadas do que pensávamos no final do século XX. É uma mistura do tempo líquido proposto por Bauman com as experimentações técnicas de Manovich e sócio-antropológicas de Latour. #Transitar torna-se, na nossa opinião, a melhor bússola desta primeira metade do século XXI.

Sobre os autores:
Pollyana Ferrari é doutora em Ciências da Comunicação pela ECA/USP e consultora web em arquitetura da informação e mídias sociais. Há 25 anos atua no mercado editorial de TI, tendo dedicado os últimos 16 anos à internet. É professora da PUC-SP, PUC-RS, UCS, FAAP e Aberje, nos cursos de pós-graduação em Comunicação . Autora dos livros “Jornalismo Digital”, “Hipertexto, Hipermídia” e “A força da mídia social”, além de 11 participações em livros sobre Comunicação . Com a publicação da obra “Jornalismo Digital” (2003), torna-se uma referência no campo do jornalismo no suporte digital. A abrangência do seu estudo está presente em mais de 550 teses e artigos científicos, tornando-se bibliografia básica adotada nos cursos de Jornalismo e Publicidade no Brasil e em Portugal.

Fabio Fernandes  é escritor e tradutor. Professor da pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD) pela PUC-SP e Coordenador do curso de Mídias Digitais do Istituto Europeo di Design – IED São Paulo. É autor dos livros Interface com o Vampiro (Writers, 2000), A Construção do Imaginário Cyber (Anhembi Morumbi, 2006), Wild Mood Swings (Mojo Books, 2008) e Os Dias da Peste (Tarja, 2009). Traduziu cerca de cem obras entre livros e graphic novels, entre os quais Laranja Mecânica, de Anthony Burgess, VALIS e O Homem do Castelo Alto, de Philip K. Dick. Fez parte da classe de 2013 da Clarion West
Writers Workshop, uma das mais conceituadas oficinas literárias dos Estados Unidos.

Não podemos perder a magia, o brilho nos olhos, mesmo que seja via Skype

FRAGMENTOS

 

a vida deveria ser …

somente sentir

cheirar

tocar

a vida da cada dia

deveria

ser cheia de magia

onde cada ser

somente quisesse viver aquele instante

como se o próximo

não lhe pertencesse

Essa minha poesia anda me servindo como mantra para o novo livro em curso. Magic Cards (foto: Winter Angels) também. Como manter a magia numa sociedade mediada por APPs e telas? Conforme as descobertas vão sendo sedimentadas, prometo ir compartilhando. A nova home-page do WordPress, por exemplo, está mais mágica do que a anterior. Serão meus olhos?

Ótimo domingo mágico para todos 🙂